9- SOBRE O NEGRO NA ECONOMIA.
9- Sobre o negro na economia
No final do século XVII são descobertos no Brasil os primeiros veios auríferos. Dessa maneira, inicia-se a mineração no Brasil. Com a descoberta dos locais onde existia o metal (Minas Gerais), a movimentação de pessoas aumentou. Essa migração interna promoveu mudanças de trabalhadores e, consequentemente, as trocas culturais iriam ter outra influência, agora com elementos “construídos” dentro do território nacional.
O início do século XVIII foi marcado pelo começo da atividade cafeeira no Brasil. O café foi primeiro introduzido na América do Sul através do Suriname. De lá, passou para a Guiana Francesa, por iniciativa do Governador de Caiena que conseguiu, de um francês chamado Morgues um punhado de sementes, tendo-as semeado no pomar de sua residência.
No século XVIII, o café, devido às suas qualidades estimulantes, era um produto consumido de forma sôfrega na Europa e nos Estados Unidos da América. Os países que possuíam as mudas do Cafeeiro (os Países Baixos, a França e as suas colônias) guardavam-nas a sete chaves: elas eram preciosíssimas, pois o café era um produto muito valorizado no mercado internacional.
Portugal ainda não as possuía quando, em 1727, por determinação do Governador e Capitão-general do Estado do Maranhão, João da Maia da Gama, o Sargento-mor Francisco de Melo Palheta dirigiu-se para a Guiana Francesa com a missão de restabelecer as fronteiras fixadas pelo Tratado de Utrecht de 1713, violadas, Possuía, entretanto, uma outra missão, secreta: a de conseguir sementes do cafeeiro.
Em Caiena, Palheta buscou aproximar-se da esposa do Governador da Guiana, Madame d'Orvilliers, acabando por conquistar-lhe a confiança. Desse modo, logrou obter, das mãos da mesma, as almejadas sementes. O militar retornou no mesmo ano a Belém do Pará, onde as mesmas foram semeadas, introduzindo-se a espécie na colônia.
Devido ao fato de que, como a saída de mudas ou sementes do Cafeeiro era estritamente proibida pelo governo francês, ainda hoje se discute se é "lícito pensar que o aventureiro português recebeu não só os frutos, mas favores mais doces de madame."
O fato é que, graças ao militar, Portugal assegurou as fronteiras do Brasil ao Norte, no atual estado do Amapá e, ainda, obteve as primeiras sementes daquele que seria o principal produto de exportação brasileiro nos séculos XIX e XX.
No século XVIII, além do açúcar e da recém-implantação da cafeicultura e da mineração, começa efetivamente, com o crescimento das cidades, a vida urbana, surgindo outro tipo de escravidão: o escravizado doméstico. A partir desse momento, a alforria começa a ser amplamente disseminada. A presença do negro, sua contribuição para a civilização brasileira, torna-se marcante, não só nas senzalas das plantações ou da mineração, mas também nas cidades, no comércio, nos mercados e nas praças públicas.
O Vocabulário Português e Latino de Rafael Bluteau em 1712, registra pela primeira vez o termo capoeira, porém, os significados do termo não se referem à luta.
O início do século XVIII foi marcado pelo começo da atividade cafeeira no Brasil. O café foi primeiro introduzido na América do Sul através do Suriname. De lá, passou para a Guiana Francesa, por iniciativa do Governador de Caiena que conseguiu, de um francês chamado Morgues um punhado de sementes, tendo-as semeado no pomar de sua residência.
No século XVIII, o café, devido às suas qualidades estimulantes, era um produto consumido de forma sôfrega na Europa e nos Estados Unidos da América. Os países que possuíam as mudas do Cafeeiro (os Países Baixos, a França e as suas colônias) guardavam-nas a sete chaves: elas eram preciosíssimas, pois o café era um produto muito valorizado no mercado internacional.
Portugal ainda não as possuía quando, em 1727, por determinação do Governador e Capitão-general do Estado do Maranhão, João da Maia da Gama, o Sargento-mor Francisco de Melo Palheta dirigiu-se para a Guiana Francesa com a missão de restabelecer as fronteiras fixadas pelo Tratado de Utrecht de 1713, violadas, Possuía, entretanto, uma outra missão, secreta: a de conseguir sementes do cafeeiro.
Em Caiena, Palheta buscou aproximar-se da esposa do Governador da Guiana, Madame d'Orvilliers, acabando por conquistar-lhe a confiança. Desse modo, logrou obter, das mãos da mesma, as almejadas sementes. O militar retornou no mesmo ano a Belém do Pará, onde as mesmas foram semeadas, introduzindo-se a espécie na colônia.
Devido ao fato de que, como a saída de mudas ou sementes do Cafeeiro era estritamente proibida pelo governo francês, ainda hoje se discute se é "lícito pensar que o aventureiro português recebeu não só os frutos, mas favores mais doces de madame."
O fato é que, graças ao militar, Portugal assegurou as fronteiras do Brasil ao Norte, no atual estado do Amapá e, ainda, obteve as primeiras sementes daquele que seria o principal produto de exportação brasileiro nos séculos XIX e XX.
No século XVIII, além do açúcar e da recém-implantação da cafeicultura e da mineração, começa efetivamente, com o crescimento das cidades, a vida urbana, surgindo outro tipo de escravidão: o escravizado doméstico. A partir desse momento, a alforria começa a ser amplamente disseminada. A presença do negro, sua contribuição para a civilização brasileira, torna-se marcante, não só nas senzalas das plantações ou da mineração, mas também nas cidades, no comércio, nos mercados e nas praças públicas.
O Vocabulário Português e Latino de Rafael Bluteau em 1712, registra pela primeira vez o termo capoeira, porém, os significados do termo não se referem à luta.
Capa dicionário onde pela primeira vez foi citado o termo.
Não existe praticamente registros sobre capoeira no século XVIII. Mas é muito comum imaginar-se a Capoeira, Arte/Luta/Dança, nascendo e crescendo no ambiente rural, mas talvez tenha sido nas cidades, onde circulava um grande número de libertos e “negros de ganho” (escravos que por conta própria exerciam alguma atividade e que no fim do dia tinham que entregar uma quantia prefixada ao seu proprietário), que esse processo foi mais expressivo.
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