PROJETO DE PESQUISA CAPOEIRA RONDONOPOLITANA
JULHO/2007
SUMÁRIO
I. Introdução
II. Tema
III. Objeto
IV. Objetivos
V. Justificativa
VI. Problemáticas
VII. Hipóteses
VIII. Revisão Bibliográfica
IX. Metodologia
X. Fontes e Referências Bibliográficas
I. INTRODUÇÃO
Os seres humanos nascem livres, iguais e originais, mas quando deixam de exercer tais prerrogativas no plano social, tornam-se cópias de um sistema em transformação e, essa mutação limita o homem culturalmente. Esse desenvolvimento não terá representação e representantes vigorosos na transmissão de informações úteis aos componentes de um determinado segmento social. Por isso é preferível o homem livre e criativo que ampliará a si e a comunidade.
A Cultura, enquanto produção histórica em sociedade, aparece como um arsenal complexo no qual, estão incluídos os conhecimentos, crenças, artes, moral, costumes e quaisquer aptidões ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. O ambiente e o modo de viver de um grupo de seres humanos, ocupando um território comum criou o social e o cultural na forma de idéias, instituições, linguagem, instrumentos, serviços e sentimentos que darão complementação à sobrevivência física e coletiva.
O estudo dos aspectos culturais de uma etnia e como eles foram implantados no meio social, no caso, os afro-brasileiros que trouxeram a capoeira para Rondonópolis, possivelmente revelarão o modo, também como determinada realidade social foi construída, pensada e lida por esses atores Dessa maneira, cultura é tudo aquilo produzido pelo trabalho humano, também no nível de nossa história local,depois de um processo migratório.
A cultura é o dispositivo que move o indivíduo e o grupo para longe da indiferença, da indistinção transformando-se e transformando-o podendo se atingir a diferenciação. Ela depende da história de um povo. Especificamente no caso da capoeira rondonopolitana, as contribuições de início estão vinculadas às situações pelas quais passaram e viveram seus implantadores. E depois a mesma ganhou novos contornos, novas mudanças, pois engendrou e se incorporou a processos locais.
O estudo da capoeira em Rondonópolis no período de 1980 à 2000 destacará o movimento, ainda que incipiente desta arte/luta/dança, genuinamente afro-brasileira, também como prática desportiva e de inclusão social.
II. TEMA
O presente objeto de estudos se insere na História Cultural do Estado de Mato Grosso.
Nosso estado foi ocupado inicialmente por uma plêiade de povos indígenas mas, a partir da conquista européia recebe novas levas de povos de Velho Mundo, aumentando o caleidoscópio ético e cultural de nossa região.
Por volta do século XVI, o Brasil passou a receber contingentes de africanos trazidos à força para se tornarem homens escravizados, e se constituírem em objetos de trabalho, instrumentos de acumulação para colonos portugueses ávidos de especiarias ouro e pedras preciosas. No século XVIII, tais seres humanos escravizados chegaram a Mato Grosso e por mais de 200 anos trouxeram suas contribuições.
Esses homens, antes livres em África, vieram para cá construíram a capitânia, depois províncias para os outros, juntamente com os povos indígenas que cá viviam, ficando-lhes reservadas a pobreza, miséria e discriminação. Mas também trouxeram suas idéias, sua cultura, interagiram como puderam, dando sua parcela de ajuda para a expansão cultural regional que, a partir de sua presença na região, tornou-se mais rica e complexa.
A partir do alvorecer do século XX, novas levas de migrantes negros, procedentes do Nordeste (baianos em destaque) trazem seu trabalho e cultura para o então Leste de Mato Grosso. Finalmente por volta dos anos 50 do século XX atingem o Vale do Rio Vermelho e chegam à Rondonópolis para aí gerar mais riqueza social e cultura. A capoeira é uma das preciosas ofertas culturais destes homens, provavelmente de maioria negra.
A partir de então tornou-se possível, ouvir, olhar e participar da capoeira, de forma mais amiúde, no vale do /rio Vermelho, ex-território indígena imemorial.
III. OBJETO
A presença da capoeira na cultura rondonopolitana é tributária da genialidade do negro em utilizar elementos sócio-culturais originalmente afro-brasileira ampliando a qualidade, difundindo o saber corporal caracteriza-se numa das manifestação da sabedoria dos afro-brasileiros. Esse conhecimento, segundo Nestor Capoeira , “nucleia um conjunto de atitudes configuradas enquanto estratégia, cuja finalidade é a edificação de espaços por onde uma identidade coletiva autentica seja preservada”. Mas é claro que nem a capoeira e nem a inteligência do negro se resume à preservação de espaços de identidade. Precisamos estudar para descobrir porque a capoeira veio e permaneceu e se expandiu em Rondonópolis. E em que medida o negro foi arquiteto disso, que motivações outras ele tinha...
A década de 80 do século passado promoveu um fenômeno de dispersão dos praticantes da “capoeiragem” dos grandes centros urbanos do país; (Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo), em função da divulgação da arte / luta / dança e da sobrevivência. Mato Grosso, mais propriamente Rondonópolis recebeu novos praticantes de Capoeira nesta época. Esse provável segundo influxo será cotejado em nosso trabalho, com destaque, para compreendermos o que gerou na região.
IV. OBJETIVOS
GERAIS:Estudar de forma sinóptica e não simplista, a capoeira como contribuição dos afro-brasileiros à cultura de Rondonópolis. Queremos salientar o trabalho dos negros e também a participação dos brancos, o alcance social da atividade por eles desenvolvida, (Capoeira: arte/luta/dança). No caso dos negros, além de enfrentarem os revezes de sua própria situação econômica, ainda lutavam contra o racismo, a discriminação e o preconceito. Desejamos saber como isso foi articulado e no que resultou propriamente.
ESPECÍFICOS:
- Estudar na manifestação cultural e a importância das relações coletivas que veio a criar a Capoeira em Rondonópolis.
- Estudar se a prática da capoeira e se esta atuou ou não, como meio de inclusão social do afro-brasileiro no quadro social de Rondonópolis.
V. JUSTIFICATIVA
O trabalho para o pesquisador terá relevância, pois o mesmo é professor de História de Rede Estadual de Ensino do Estado de Mato Grosso, participante ativo dos movimentos Negro e Sindical, do Grupo Litúrgico da Paróquia São José Operário e colaborador da Rádio Comunidade em Ação 106,9 FM. E atualmente, presta serviço como Professor Formador do CEFAPRO- Roo. Por exercer essas atividades, está sempre em contato com afro-brasileiros e por ser um deles, tem interesse redobrado na confecção de conhecimento sistematizado e aprofundado sobre a Capoeira.
O trabalho poderia revelar à população local eregional, a importância de uma atividade cultural coletiva, oriunda, provavelmente, do período colonial, criada e mantida por negros principalmente, e disponibilizada a praticamente todos o que facilitaria atendimentos de reivindicações para melhoria de seus serviços básicos e ainda, subsidiar teoricamente do esforço do movimento político e cultural do município, em valorizar a Capoeira e tornar o acesso da população mais factível. Neste sentido, além de tentar mostrar as possibilidades de mais socializá-la, parte da visão de afro-brasileiros no quadro social e que os mesmos, como negro, visa-se também explicá-lo como integrante das camadas pobres, e se movem por iguais aspirações de progresso econômico e social.
Tentar explicar a natureza e a importância da capoeira como parte da construção cultural e inclusão social do afro-brasileiro em Rondonópolis de 1950 a 2000 e outra contribuição que ensejamos propiciar. Enfatizaremos nisso a migração. Isto é, cogitaremos o papel dos indivíduos descendentes de negros da Bahia e de outras paragens Esperamos ser capazes de apreciar genialidade do afro-brasileiro e prescultar talveza tendência dessas ações. Tudo isso poderá auxiliar a edificação de uma sociedade mais justa, possivelmente, com a diminuição dos excluídos, e redução dos preconceitos.
VI. PROBLEMÁTICAS
a) A discriminação, o racismo e o preconceito estão presentes no quotidiano dos afro-brasileiros que residem em Rondonópolis. Sendo a maior parte da população, ainda assim são afetados diariamente, com injúrias, violência simbólica e física, deboches, revanchismos e desrespeito pessoal e à alteridade, levando o negro a sofrimentos, inseguranças, interiorizações, complexos, receios e neuroses. Torna-se assim, alvo de perseguições, depressões, rebeldias, auto-racismo, niilismo e sofre ações racistas, se inserindo também na Marginalidade Estrutural do negro na sociedade capitalista de Rondonópolis. Na nossa observação, as críticas direcionadas aos negros poderiam ser combatidas ou pelo menos minimizadas, ou quiçá ainda suplantadas se fossem ensinadas e divulgadas a valorização e a importância que possuem na composição étnica da sociedade local e se melhorasse o entendimento e a aceitação da contribuição dispensada com a prática da Capoeira, que poderia ser uma prática desportiva dentro da disciplina de Educação Física, como ocorre em algumas escolas do Estado de São Paulo.
b) O Racismo Brasileiro, na sua maior parte é originário da Escravidão e, continuou a existir após a abolição precária, que não integrou socialmente o negro. Assim pode permanecer no racismo um forte componente cultural, matriz cultural repassada pela tradição, reatualizada e ressignificada em função da cidadania de 3ª categoria atribuída ao negro pela abolição insuficiente. Esta, expande-se inclusive na Escola Básica, (Ensino Fundamental, Básico e Superior). Entretanto, apesar da Capoeira ser parcialmente difundida e conhecida como arte principalmente negra, ainda existe a necessidade proeminente em promover um realinhamento de harmonia, respeito, integração e igualdade entre brancos e negros na cidade e na escola, tanto nas ações horizontais, (alunos), quanto nas verticais, (corpo docente, corpo técnico administrativo com alunos). Essa aproximação e entendimento poderiam acontecer com o conhecimento de causa dos envolvidos, mas não acontece. E não acontece numa localidade que, até onde sabemos, não houve período escravista para a população negra. Nossa pesquisa pode vira esclarecer e proceder a ligação entre a prática de Capoeira e uma valorização cultural, sobretudo no espaço escolar.
c) As questões que envolvem o afro-descendente, desde o período da abolição, com relação à inclusão social, contém componentes culturais construídos pelo branco que afastam o negro de suas raízes e o colocam como um ser humano sem nenhum passado. A presença dele reconhecida na História do Brasil como responsável, principalmente, pelo progresso econômico, destacará atos e atitudes dessa etnia, no plano cultural saindo do anonimato, ora sendo coadjuvante, ora protagonista de acontecimentos ocorridos no Brasil. A Capoeira surge nesse contexto, e princípio como prática cultural corporal de defesa nas fugas empreendidas dos engenhos, depois, como consolidação de arte/luta/dança promovendo o negro, ainda que precariamente, à ascensão social. E sobretudo, o melhor conhecimento da teoria e prática da Capoeira, nos auxiliar no entendimento na ênfase que a Cultura Afro-brasileira dispensa a cultura corporal e musical.
VII. HIPÓTESES
a) A inclusão social de um indivíduo, de um grupo, ou de uma etnia ocorre quando são observadas as especificidades da camada social almejada, para fazer parte dela. Incorpora-se suas características básicas e, a partir dessa simbiose provocada, intencionalmente, inicia-se o processo de ação e demonstração de elementos culturais contidos no grupo étnico. A Capoeira insere-se nesse perfil. Está presente em todo o Território Nacional e fora dele. Agrega-se novas culturas sem perder sua essência. Não se tem conhecimento democrático e de tolerância do negro, porque a academia pouco estuda o fenômeno e divulga menos ainda seus resultados.
b) Apesar de Rondonópolis ser apresentada como a maior cidade do sul do Estado de Mato Grosso, isso representa pouca relevância à promoção social dos afro-brasileiros, a ponto de não serem lembrados e reconhecidos como cooparticipantes e construtores legítimos do local onde moram. Especificamente os praticantes de capoeira, não são assim reconhecidos e até hoje esta secular, senão milenar arte/luta/dança/música/esporte é tida como folclore.
c) O Estado considerando defensor dos direitos afro-brasileiros quanto à promoção social, tem ação reduzida neste sentido de inclusão social, ao deixar a resolução dos problemas para o próprio grupo que é discriminado. E dessa forma, mestres, alunos e discípulos precisam se sacrificar muito para que a Capoeira não desapareça de Rondonópolis. Em contrapartida, anualmente, o Poder Público Municipal e Estadual encaminha recursos consideráveis para empreendimentos econômico-culturais de vulto em Rondonópolis. É o caso da Exposul e quetais...
É o Estado, portanto, que é indiferente a uma manisfestação cultural que diz respeito a mais da metade da população rondonopolitana, se desvia do seu papel de mantenedor e promotor da cultura popular para favorecer quem? Já o favorecido.
VIII. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A primeira obra que me chamou atenção para estudar o objeto foi à escrita por Anande Areias. O que é Capoeira, escrita em 1983 que, na página 106 é relatado: quando estudamos essa “arte marcial brasileira”, com mais de 5 milhões de adeptos no Brasil e fora dele, pode ser dividida em cinco fases como segue:
a) Início da escravidão: Quando o escravizado guiado pelo instinto de sobrevivência tentava utilizar o corpo para se livrar do sofrimento e fugir.
b) Nos quilombos: A capoeira já era uma arma utilizada pelos quilombolas para sua defesa.
c) Última Década do Império: Começo da AboliçãoInício da RepúblicaProibição oficial da Capoeirad) A liberação: Ocorrida na Ditadura de Vargase) Institucionalização da Capoeira: Surgimento das federações, das ligas e da Confederação Brasileira de Capoeira entre as décadas de 1970 e 1990.
Baseado em Anande tentaremos periodizar a História da Capoeira Rondonopolitana.
O texto escrito por Sidney Chaloub, em 1990, Visões de Liberdade, onde o autor realiza um estudo dos processos que estão envolvidos escravos nos julgamentos, colocou-me intrigado em obter informações que a maior parte dessas condenações analisadas, possuíam uma característica comum: todas as agressões e transgressões ocorriam quando o escravizado era vendido ou trocado, sendo obrigado a morar em outra localidade.
A obra de Chaloub faz-nos interrogar: ainda que fossem negros com várias tendências culturais por que preferiam ficar juntos? Qual o principal objetivo nessa atitude dos escravizados e condenados? Quando esses traços de cultura diferenciada se agregavam, quais seriam as tendências, a partir dessa fusão? Queremos pesquisar essas questões na possibilidade de uma delas ser a Capoeira.
A obra do Mestre Zulu, Idiopráxis de Capoeira, escrita em 1995, após ler e refletir sobre a mesma consultei autores que pesquisaram sobre a maneira do ser humano incorporar em sua prática e vivência, os conhecimentos adquiridos, entre eles Piaget, onde fala “O adolescente pode pensar em coisas completamente abstratas, sem necessitar da relação direta com o concreto. O conhecimento é construído na experiência”. Outro, Vygostsky, concebendo o “desenvolvimento é fruto de uma grande influência das experiências dos indivíduos; mas cada um dá um significado particular à essas vivencias”. O jeito de cada um compreender o mundo é individual, aguçou-nos a curiosidade sobre os tratamentos destinados à capoeira, para que ela exerça influência em todos os sentidos de atuação humana. A citação da pagina 24, “Essas dimensões de tratamento tem gênese e corporificação no legado cultural do negro, no tempo e no contexto sócio-histórico brasileiros”, levou-nos a seguinte interrogação: Por que essa arte/luta/dança, com mais de quatro séculos de existência, está cada vez mais praticada e aumentando gradativamente seus adeptos no Brasil e fora dele?
De posse dessas informações queria saber sobre o meu objeto de pesquisa e, deparamos com a obra de Nestor Capoeira: Os Fundamentos da Malícia, escrito em 1998. Esse texto colocou-nos em contato com os grandes mestres, Bimba e Pastinha, bem como o trabalho que ambos empreenderam para divulgar e praticar essa arte/luta/dança. Ao refletirmos sobre esse trabalho de Nestor percebemos que a Capoeira foi bem mais que um passa tempo e sim, uma atividade que demonstra a genialidade do negro na forma de expressar o seu saber corporal. Percebi essa sabedoria quando o corpo, como instrumento de transmissão de cultura, ou seja, os hábitos socialmente adquiridos denominados ARQUIVOS, são convertidos em ARMA, da defesa física organizada individual e comunitária.
Outra obra que contribuiu para o nosso aprofundamento e estudo do objeto de pesquisa foi Capoeira Escrava e Outras Tradições Rebeldes no Rio de Janeiro 1808 – 1850, de Carlos Eugênio Líbano Soares. Esse texto foi escrito em 2004, onde o autor faz uma análise dos arquivos da Marinha no Rio de Janeiro e constata que a prisão dessa Força Armada do Brasil, no Estado Fluminense, ao invés de ser evitada pelos negros era a que mais os atraia. Pois, com criatividade eles viam nela possibilidade de fuga. Tanto a outras localidades do Brasil ou para outros países, através dos navios que, constantemente atracavam no local.
Foram essas as principais obras entre outras estudadas, que nos conduziram a pesquisar sobre esse objeto. Pois tal qual a História do Brasil, a Capoeira Rondonopolitana também teve fases distintas. Portanto, acreditamos na superação dos afros-descendentes e, é estudando o período de 1950 a 2000, em suas especificidades, com relação a essa arte/luta/ dança; poderemos compreender com mais perspicácia a importância dela na prática de inclusão social de negros e brancos.
IX. METODOLOGIA
As obras encontradas sobre o objeto a ser pesquisado na historiografia de Mato Grosso, especificamente em Rondonópolis são incipientes. Acreditamos existir em jornais da cidade reportagens e artigos espalhados sobre o tema que venham nos auxiliar na pesquisa.
1) Efetuaremos entrevistas, com os praticantes de capoeira, distribuiremos questionários e formulários afim de que possamos obter mais informações acerca de como o movimento surgiu, foi implantado e as razões de sua continuidade.
2) A Historia Oral contribuirá para entendemos o quadro social representado pela Capoeira, entre os anos 1950 a 2000. Pois, pelo número de praticantes em Rondonópolis, compreenderemos as convergências e as divergências, dessa atividade desportiva.
3) Nos debruçaremos nos depoimentos dos mestres, professores e alunos de Capoeira em Rondonópolis, principalmente sobre os mais antigos. Talvez venhamos a conhecer se em Rondonópolis se reproduz a dualidade que a Capoeira detém no nível Nacional: Capoeira dos Pobres e a Capoeira da classe média.
4) Aprofundaremos nosso levantamento bibliográfico e leituras teóricas sobre a capoeira, em nosso Estado e no Brasil para compreendermos com maior acuidade tais tipos de questões e para nos prepararmos para a eventualidade de nos defrontarmos com as mesmas na pesquisa.
XI. FONTES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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